quarta-feira, 25 de maio de 2011

A internet como arma

Fonte: Atualidades Vestibular+Enem, 1º semestre 2011, pag.29

Os jovens, fortemente atingidos pelo desemprego e pela estagnação econômica, constituíram o principal estopim para os protestos recentes no mundo árabe. Munidos das novas tecnologias de comunicação, eles ampliaram seu poder de ação. Os mos de Ru, que não têm lideranças claras, são orquestrados pelo simples digitar do teclado ou de um celular ou de um computador.
A Tunísia ditou a tendência. Em outros tempos, as manifestações populares de revolta pela autoimolação do comerciante Mohamed Bouazizi poderiam ter ficado restritas à pequena cidade em que ele vivia. Mas as imagens dessas primeiras demonstrações, gravadas em celulares e colocados na internet, funcionaram como pavio para espalhar o clima de insatisfação. Daí em diante, a rebelião foi tomando conta do país pelo Twitter e pelo Facebook. No Egito e em outros países, os jovens também logo começaram a organizar os protestos on-line.
Na tentativa de frear as manifestações, os governos cortam os serviços de internet e os sinais de comunicação sem fio. Alguns dos ativistas virtuais foram presos e acabaram se tornando “heróis” desses movimentos. O blogueiro dissidente Slim Amamou, que tem milhares de seguidores no Twitter, foi detido na Tunísia no auge da crise. Após a queda de Ben Ali, assumiu o cargo de ministro da Juventude e dos esportes no governo de transição.

Gustavo Lustosa (grupo 01)

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